Ser livre é ser como uma andorinha, que voa livremente mas
em união consigo mesmo…
Voa em jeito de liberdade e nos movimentos do vento,
torna-se no ar que respiramos, circulando e girando com o rodopiar do elemento
ar,
Andorinha leva-me nesse horizonte de tudo seguir sem nenhum
rumo definido, apenas o sentir das estações do ano e do ninho da tua evolução.
É o porto de abrigo onde descansas para por fim seguires a tua viagem, bate as
asas com as tuas crias e ensina-as a serem livres para de novo regressar à tua
beira, ao teu conforto.
Andorinha voa pelo vento e vem com a primavera que tudo
renova e faz crescer a esperança nos corações que se elevam no azul do céu e
nos teus voos, que buscam outros olhares, outras vertigens, que urgem pela
transformação, pelo alento do sol na sua pela que traz a bonança e a libertação
dos sentidos…
Oh Andorinha, leva-me no teu voo, já qu eu aqui cresço só de
te ver e sentir a nova estação a brotar.
O valor de tudo é conhecido pela sua ausência e é na carência
que se atribuí valor ao que se retoma ou é familiar… Mas o novo vem e mostra
outra vez como é infinita a liberdade de existir no mundo!
As andorinhas recordam-nos todos os anos disso…
Vem andorinha no meu regaço para sentir de perto o que é ser
livre e existir simplesmente ao ritmo das estações! Por tantas possibilidades e
lugares que desafiam as leis do tempo e do espaço é no voo da andorinha que se
revê o detalhe no todo, na natureza. Nós ali e por toda a parte! Que se soltem
das gaiolas os sonhos, espíritos, vontades, sentimentos prisioneiros de si!
Voem andorinhas que desconhecem o medo!