sábado, 17 de dezembro de 2011
Em Alfama
Clichés.
Acorda-se a ouvir o fado em Alfama, sim parece mentira mas é mais pura verdade. Caminha-se pelas ruelas e ouvem-se histórias ou lamúrias da vida dos vizinhos do velho bairro. São velhas as pedras que o sustentam, que tanto poderiam contar se nos falassem dos amores e disamores, das injustiças e da saudade... E ao subir nas escadinhas encontramos o senhor gato, imponente na sua rua, se pudesse falar, talvez nem nada pronunciasse com o seu ar majestoso... Talvez, pudesse contar que ali tudo passa como quem chega com nova notícia ou sedento de nova vida, mas volta sempre a casa, regressa sempre à pátria, porque aquele sim, é um dos bairros mais antigos de Lisboa. E vem a senhora, com os seus trajeitos de portuguesa de bairrro, e uma simpatia autêntica, de quem está vivo e se alegra por mais um dia começar e as escadas subir. Subimos entre conversas e sorrisos espontâneos, soltam-se queixas de velhos edificios abandonados, antiga sua moradia, que com a ventania solta as portadas e pode magoar alguém... Sim... é... neste bairro andámos a fingir que está tudo bem, por for a, parece...mas a maquilhagem estala e as gretas do tempo abrem-se prestes a quebrarem-se por não susterem tudo. O velho, o novo e o que ficou entretanto, entre os turistas traseuntes e os velhos locais, acabamos por felicitar-nos que será um dia não de sol, mas não chuvoso, a senhora segue e subo.
Acordei a ouvir o fado.
É com o fado no meu coração que sigo na labuta dos sonhos.
Sem dúvida que tantos clichés já me assaltaram a mente e tocaram-me no ponto mais banal e curriqueiro da minha pessoa, sim, gosto afinal do que é óbvio e aparentemente exagerado ou vazio de sentido, de facto, não há coencidências. Este cliché triunfou por mostrar a vida no que parece perdido ou forçado e comprovar que as almas dos lugares fazem-se de pessoas e de paixões, pois ainda ali há vida que se fala nas músicas e chorava-se por tempos idos. E tantas histórias naquelas pedras de pessoas que por ali viveram e outras passaram, agora Alfama está entre o que foi e um cliché que é revivido, tal como agora tenho que escrever estas palavras... Bairro envelhecido que se regenera ao turismo e para os jovens revivalistas, que poderão contar as pedras mais tarde? Existem outros detalhes muitos outros, como o jardim das pichas moles e as respectivas cadeiras aguardam o ponto de encontro, ali num beco de Alfama...
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Fruto de outono
Caiem como folhas soltas ao vento, tudo se transforma e seca e parece até a apodrecer...
São frutos do amadurecimento, caiem com tons ocres e vermelhos do quente do seu interior e do desprendimento da longa e seca estação...
Chegam novos ares que trazem consigo a chuva abundante as tempestades arrassantes e o retiro para a colheita do frio...
Sim, esta é a a estação que prepara o recolhimento, as uvas, os medronhos, as castanhas e romãs... Dávidas que anunciam que terminou o fruto fresco e chega o fruto seco do verão...
Quem semeou, já colheu e espera agora à lareira a nova faina começar...
No fogo vejo o futuro, anseio o frio, mas conforta-me a alma ao saber o quão a vida é generosa e joga por vezes injustamente para balançar de novo o equilíbrio dos opostos e as energias em choque e em explosão... Vejo os ciclos e sinto o fogo interior de tudo... que tudo gera e apaga.
O cheiro outono vem no vento que começa a arrefecer o corpo e a luz brilha mais por espreitar de soslaio... Á espreita ilumina com freixes de luz, deixando sombras e brilhos cintilantes... Choveu e veio a bonança, gosto da vontade de me abrigar em sossego e de deixar-me estar com os sons no exterior... Caiem as folhas e os últimos frutos marcam a despedida da época do sol para festejarem a vinda das águas que tudo lava e fortifica, renovando outro começo...
Sabores que se desfazem na boca, sumos que se diluem é fresco, doce e amargo também, são assim as contradições desta estação, que nos leva a crer que é possível dançar como no verão, mas no fundo é a despedida da bonança e o começo de um outro início dos tempos, de outra estação e outras conversas na companhia do fogo...
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
"Graffiti_ From the Underground to the Mainstream"
This cool outrageous film, "Exit through the gift shop", tells something about this theme from "the underground to the mainstream... It's a must see!
And I humbly have something to say too... I've studied a bit about the amazing art work of Graffiti and Street art!
Words from my master thesis...
(...)"The language of subversive art emerges as a new code that speaks for itself in the amid of a urban, capitalist, consumerism and global context. Claims public space in a territory not yet occupied, also competing with advertising, but to subvert their messages it is also to encroach the common area.
The act of doing graffiti raises the existence of man in the world. It leaves its legacy, their signature, their message or artwork, so they know of its existence and emerge from anonymity to fame and go to eternity.(...)
(...) "A linguagem subversiva ou artística surge como um novo código que fala por si, no meio de um contexto urbano, capitalista, consumista e global. Reclama um território no espaço público que ainda não foi ocupado, competindo também com a publicidade, ao subverter as suas mensagens que também são usurpadoras do espaço comum.
O acto de fazer graffitis eleva a existência do homem no mundo. Este deixa o seu legado, a sua assinatura, a sua mensagem ou arte, para que saibam da sua existência e para sair do anonimato e passar para a fama ou para a eternidade."(...)
Master Thesis in Communication
Universidade Católica Portuguesa
Faculdade de Ciências Humanas
Orientação de Professor Fernando Ilharco
Copyright 2011. All rights reserved.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Confio nas Sombras
Que se transformam e transmutam com o tempo e a luz. Que se diluem no tempo dos astros e nos iludem nos seus neóns.
Doces ilusões brilham e cintilam na escuridão da noite até ao amanhecer quando somos ofuscados pela intensidade do sol. Começa de novo a magia do dia e o sussurro da brisa que ecoa do vento, nascem sombras e reflexos, outras visões, outro espiritos?
Realidade transformadora que mexe em tudo o que não é estanquee tudo se modifica em múltiplas imagens, formas e noções do que é, pode ser ou talvez seja momentaneamente criando a alusão entre os sentidos e a dita realidade, que é tão vasta e infinita na sua concepção e existência. Como é belo o simples rastro da vida, o que é por instantes.
sábado, 12 de novembro de 2011
A estrela
Cada dia. Um dia de cada vez. A luz do sol aquece a alma e da lua traz o mistèrio.
Um dia que passou, outro que vem, são dias de vida ou parecem muitas e outras vidas.
Vive-se com dias curtos e outro longos e plenos. Sente-se sem dias e horas, apenas vive-se sem a consciência desse tempo, dentro do tempo e do que se perde por saber-se.
Pensamentos vagos ficam suspensos entre o ontem e o amanhã, promessas de sonhos ou palavas soltas no tempo do vento, sem vagar e intenção, apenas o sentir da brisa, com os cabelos ao vento e o sol que afaga a pele. Após o dia a noite que se recolhe mais intensamente no frio, sente-se um desamparo de quem está só e os dias podem ser noites indiferentes aos astros e à passagem das estações e do tempo do tempo... Fazem-se tempos e perdem-se outros. Não.
Tudo se desfaz na efemeridade da matéria, é o tempo que materializa e nos condena ao fim. Mas a eternidade faz-se em vãs palavras e banais emoções, são vida enquanto são no tempo que existem e as vontades que o comandam. Agora é tempo de amar e criar com o trabalho.
Trabalha-se para que o tempo seja infinito, a noção do fim perpétua-se no incógnito, de tanto saber e nada saber, nada pois as palavras, as intenções e o conhecimento escapam-se nas viagens do tempo, assim sem fim e sem sentido... São como caminhos sem tempo que trazem algum significado, alguma... vontade para além da sobrevivência e da ambição. Quanto tempo sobrevivo assim e quanto tempo falta para alcansar aquela meta e conquista? Entretanto falta um tempo para a morte e o que ficou entretanto entre os tempos do tempo. Intervalo.
Paro sem cismar, sigo sem temer mas levo comigo a vontade de conectar-me à energia de todos os tempos, aquela que faz acontecer, pára relógios e multipla o tempo em dimensões surrealistas, que pairam entre o ser e o saber, entre o sentir e acreditar.
O luto da tristeza é um tempo limitado espera-se. Ou talvez, seja o tempo guardado que se deve perder no universo da vida e fica lá como uma estrela da memória, que marca pelo seu brilho alguns nuances desses tempos. São estrelas da vida que definem algumas rotas são trajectos a repetir se assim o desejarmos ou necessitamos.
Olhai as estrelas senti como partiste outrora e conseguiste tanto ou viveste tanto, e tentastes mesmo sem os feitos, mas com os factos que brilham lá no alto e tanto nos contam sobre tempos idos e revividos e outros tão perto e parecem tão longe... As estrelas guiam-nos por caminhos escuros e cegos de sonhos e ilusões, mas o medo pode paralizar-nos no tempo e na visão. Tempos obscuros de dúvidas e tristezas, aqui entra o abismo entre viver ou morrer na vida, entre ser por tentar ou ficar nesse vivo, sem restar nada, mas apenas a possibilidade de ver a estrela no coração. Essa sim, é para a vida e só no fim, fará parte do universo, como matéria suspensa no tempo de outras matérias e outras histórias. Como o último adeus da eterna despedida e a certeza do vazio do tempo.
sábado, 29 de outubro de 2011
As densidades
Media-se a dor por esperar um dia acabar. Conta-se o dinheiro para durar e se multiplicar, como os dias, os meses e os anos, mas estes aumentam para o fim e o início da eternidade. É densa a quantidade de vezes que sofri e os anos que vivi em alegria também e aquelas emoções que se colam como cicratrizes que nos atormentam a vida toda… A vida toda é densa… Densos são também os mares que se oceanos e as serras que são montanhas e tudo tudo que é real ou uma recriação do que existe entre o é e o que parece ser, ou o que apenas é por sentir com os cinco sentidos e com todas as emoções… Densa condição de viver que busca camadas de roupas e histórias de encantar e representar os diferentes papeis nos cenários… Densos são os jornais e os livros, denso é o mundo por tanta agitação e injustiça e tantas pessoas… É denso sentirmo-nos especiais… sinto-me pesada.
Queria perfurar a densidade da luz que fura entre as árvores e penetra no solo, criando um jogo entre as folhas que dançam ao vento e as árvores que parecem mexer-se suavemente… A luz pode ser imensurável não é cativa, expande-se sem limites.
Ser luz sem grades, ter sem ter, imanar sem temer, ser sem pesar, agir por ser.
Vejo o quão pesadas andam as consciências e os corpos opacos sem vida, sinto a densidade do ar, da terra, do mar e perco-me na sua vida, fragmentando-me em nada e dentro da densidade de mim, levito na natureza sem nada mais…
Palavras densas obscurecidas por códigos que são a poeira e a tempestade de areia que aumenta e imobiliza qualquer vida existente. As tempestades que arras am.
Olhares e memorias que se tranportam connosco criando um ambiente, um cenário de nós e dos nossos sonhos e ilusões… Que densos que somos.
Percorria-te o corpo até sentir a tua densidade dentro de mim e libertar-me da minha e assim a levitar agitava a densidade da nossa alquimia, sentindo-me por fim densamente poderosa pela densidade dessa expiriência… Quão profundo é o teu olhar, quão fundo é o teu ser, como o oceano… A vida é interminável e inesgostável.
A densidade do meu limite é uma ilha confortável da qual crio nevoeiros densos de enigma, por não saber libertar-me e por temer o impacto da queda pesada e densa. Densos são os meus pais, por não os saber amar e querer-los tanto. Respiro a densidade do meu ser, suspiro pesadamente pela carga dos meus pensamentos e emoções que ocupam espaço e roubam energia.
A densidade em todos e em cada um é um universo infinito de realidades sobre ficções e histórias sobre factos, que de alguma forma fazem sentido ou convivem harmoniosamente, gostaria de viver em algumas densidades e abandonar-me à minha insignificância… Mas afinal são os caminhos densos que percorremos e pontes que atravessamos ou elos que construirmos que dão significado e sentido à vida, são densidades temporárias, que nos permitem avançar aparentemente às cegas… A luz a travessa todas as camadas e é sem permanecer, transporta-se, transforma-se e transmuta-se… A luz adensa-se e espalha-se até desaparecer.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Vamos?
_ Vem comigo.
_ Para Onde?
_ Para o lugar onde tudo acontece como o fluir da água e os únicos sons trépidos são gargalhadas contagiantes que ecoam pelas montanhas do equilibrio da verdade e da razão.
_ Existe?
_ É incrível, mas sim o vento vive a música do amor que noite e dia acompanha o sol e a lua com todos os seus sons e cântigos particulares. Melodias da vida e da natureza...
_ Como viver ali?
_ Vive-se como a água corre nos vales, a fonte da vida e do amor, que tudo alimenta sem mais necessidades. Pois a terra tudo dá, tal como, a água.
_ Não sei.
_ Percebo-te, parece impossível.
_ Mas e tudo o resto? Aquilo que tenho e esperam de mim?
_ Parte como se morresses e pudesses seguir sem nada por fazer ou dizer.
_ É difícil.
_ E no entanto tão simples.
_ Não sei se consigo...
_ A vontade está ligada à liberdade de viver em ligação com o universo apenas. Parece pouco ou banal, mas é tão essencial como respirar e aceitar a vida e a morte. A seu tempo irás colher frutos semeados por ti e no ciclo da abundância tudo virá ao teu encontro. São processos em constante mutação e composição, inter-relacionando-se e complemetando-se, assim sempre... O que darás, irás receber.
_ Que quimera!
_ ahahah! Vamos?
Photo Axis Dance Company S. Francisco
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Eu sou
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Deja'vu
Crossing Roads
Crossing roads and oceans by telling a story...
So it begins, just another nice conversation...
Who knows what will come after this, maybe nothing,
just a nice time that was gone
or perhaps a seed way bloom into something later...
Or in the end just keep the sweet memories and take them forever with you...
Hold them like treasures that build you up and sing it living past in present...
Maybe later there's the chance to tell a story...
But first I wanna ear your story, tell me right now right here...
Just when...
Just when you felt good,
You had it all under control
when it seems so real and tangible that makes you
sleep rested and trust...
Until something shakes your world inside out and
takes you to another place, another time...
Where all looks the same but it is just another reality,
a place you can play your game...
New rules, new faces and smiles... Here we go again...
The hardest is to stay in touch, connected....
By holding tight with your dreams and love the universe as
we know it we are all naked in the sky...
Déjà vu
Do you see it again? Deja vu?
As if time had no inflection on what so ever, you see yourself in the same exact situation.
No matter where we are, with whom or doing whatever... The same weeds will grown again, over and over again... And if you don't clean it takes over you!
Naturally born 'cause they are free and selfish like any other kind of assumption, trauma or fear...
It can all take over you like a weed! How do we keep it clean?! Remember it growns slowly and smoothly but it invades all.... Just by thinking a simple thought that chases you. An action, situation or feeling that gives you phobia again... Clean it all and let it breath! Let the air flow!...
Keep your mind clean, breath and relax...
Deja'vu..Not again...
Choices... Reminds you again and again of taking it easy or going into something all over gain...
Demystify misunderstands and smile...
Laugh at Deja'vu!
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Love
It is well known that where there is no love there can rarely be courage, and I would request you here not to confuse courage with sheer bravado... Similarly, where there is no love, there can be no faith, charity or chastity and, therefore, existence devoid of love is an empty existence. Love must grow and embrace more and more within its orbit of expression.
Taken from the book "The Principles of Sahaj Marg, Set 1, Vol. 1", Chapter "The Inner Needs of Man" pg. 29, by Revered Chariji
Sahaj Marg Spirituality Foundation, Inc. Copyright © 2011. All rights reserved.
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domingo, 11 de setembro de 2011
Raise with humility
In a supposed dark corner
without any guess but a hope
of trying to hold on to a chance,
of life, facing struggles
even when it means to wait.
Quiet in some lost spot,
it seems lonely and helpless,
if it's a chase of a lost cause or
staring at raw violence...
When blindness of humanity forgot
it's own existence, it's pure state of
living and being just as...
An ant rises with humility on her own task or pursuit,
maybe for love or only for surviving but,
it doesn't diminishes others, it relates and unites
for a better work...
All naked in the sun, on a rainy day or facing a storm,
just raise...
Raise and be humble!
domingo, 4 de setembro de 2011
Grande Pessoa
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em casa coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
________________________
Quero ignorado, e calmo
Por ignorado, e próprio
Por calmo, encher meus dias
De não querer mais deles.
Aos que a riqueza toca
O ouro irrita a pele.
Aos que a fama bafeja
Embacia-se a vida.
Aos que a felicidade
É sol, virá noite.
Mas ao que nada spera
Tudo o que vem é grato.
Fernando Pessoa em
Odes de Ricardo Reis
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
A place called home
Wish so much and try to learn not to wish, focusing on forgetting myself by remembering only where truth lies
Means nothing except a place called home
where the head lies
and nothing else except for that life that only wishes for more love and learns how to give more in a never ending cycle...
A place called home is an endless river that dives to the ocean, a fig opening with the sun burn, a flower shining with fresh mist and...
Have you ever made someone happy that tears would fall... or a child's smile or a friend's hug...
Home is someone's eyes speaking without words and moves without it's presence...
It's there and everywhere inside you and when you'll embrace it to the one in an eternal hug.
sábado, 27 de agosto de 2011
"Hadas" en BCN
Um dos meus projectos desabrochou!
Vejam a Curta Metragem "Hadas"
Ver com boa definição: http://www.youtube.com/watch?v=Rn5a-4q3E-o
sábado, 20 de agosto de 2011
Summer rain
Rain drops down my face
like sweet honey on my throat
It's bliss this atmosphere of
a river dropping it's energy on the dried land
on a surface full of energy, alive by the heat
after the full moon, nature drinks it's essence.
Water source of life, so I've been told...
Sacred liquid on a summer day,
just now on the peak of the season reaching the solstice celebration!
Humm... No coincidences they say... Probably...
Have you ever danced in the rain? Truly giving 'n...
No worries about how you look,
who is watching and who else dears to join you!
Ahahah.... At least once in a life time...
Specially with this vibe in the air, with this feeling of life and
gratitude for one more day, for breathing and smiling...
Smell and feel the land underneath your feet, touch your inner self.
Breath, breath over and over... Let yourself go like a rain drop.
Liquid as we are nothing, but a perfect harmony with the elements,
that we try to break, by breaking the limits... Return, to yourself
inside out, there's a heart beat on the dirt under your feet... Feel.
Feel the wet land, notice how the colors spot out after the rain...
Smells like some kind of unique moment, when the land opens it's mouth
to the sky, sucking it all for living and whispering pure love afterwords...
The air is thick, hot and dried by the humid energy...
Life is everywhere... Step back and keep it loose...
Be grateful for this need with smooth words, smile and try to dance on
the land barefoot... Maybe you'll understand it, by simply
letting yourself go as a being in the nature.
Being alive receiving the sacred liquid on a summer day,
Enjoy it by absorbing the subtle meaning of a rain drop,
going down on your face through your body and...
Reaching the roots of your feet, suck it all and breath.
Being alive, breath over and over, faster or gentle but just
keeping inside that energy of a life drop that raises you up. Raise, raise
lighter... Dance or jump landing back on the land that embraces you,
yes it's just a way of binding to life. By setting free and full landing,
as a being in a whole universe and then... Drink it... Drink it all.
And... Breath deeply of pleasure on a dense summer day...
There's wind that softly cherishes you, the mild breeze of joy.
p.s. Luckly I've been enjoining this summer back home and felt "a chuva de verão em Portugal"!... Muito obrigada!
domingo, 14 de agosto de 2011
Paradise island
Just a place
To go in and get lost and found
On a step and just by giving in
On a no man's land
Holding a hug a energetic hub
for a jump for life
into a black hole
unknown stories and faces
gives a feeling of new and fresh
Till Deja'vu
Remembers you
again and again.
Is something really changing?!
Inside you and in your dreams
goals to accomplish
and to dive you into
another trip.
Just a place
you can call home.
Just an island
where you feel at home
enough to get move'n
again and gain
to built a real dream
with nothing but
their own hands.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
Sonho sem sonhos
Perder por não sonhar
cair por sonhar
temer por acreditar
sentir por amar
as mesmas canções e
rir sem palavras.
Chorar sem lágrimas,
soluços secos de sons ocos
e gestos perdidos no vazio
do silêncio entre os espaços
que ocupam retratos. Doces
ilusões do que foi ou podera ser.
Sem alento num tecto,
sonho sem sonhos.
Words of wisdom
Whispers in frequency
Flowing sounds of music
that moves in dancing.
Jumps on tracks
Beats the inner juice
It's the fluxus heart,
hear it, hear it...
Breath,
sly. And let it flow,
the spirit of the people,
blow in the wind.
Release it and share it all.
Enjoy the ride and smile.
Make circles of joy
and keep on going.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Salta pequena
Salta sem parar
continua mais alto
alta ao ritmo
da música e
dança sem parar
salta sem temer
a queda do voo.
Dança no bater
do tambor que
marca o passo
e passo e passo,
salta e voa
como a pluma do ar.
E desliza no mais leve
sussurro que desperta
os sentidos e
roda as reacções,
gira, gira sem parar,
sem perder a órbita e
o toque verdadeiro
do encontro genuíno.
Salta pequena,
que hoje és grande.
Salta de alegria
para seres sempre pequena!
domingo, 17 de julho de 2011
Danças em Lisboa?
Shadows in the night
Once I believed the shadows where alive during the night,
conspiring their release time...
Shadows were living in the darkness of the night,
dim lights from the outside gave life
to the creatures of the night, they where
just whispering about the time spent on sleeping
and sharing all the dreams with each other.
Shadows played around together till late night,
showing all their crazy stories and their wildest dreams...
In rainy nights they would hide away and
in a foggy night freedom to all!
They were all out loose living free in the mist,
anxious to make new friends to share their dreams!
In a rainy nights they would hide away into deep sleep...
Words on last spring in SF and photo on the last full moon in Sintra
domingo, 3 de julho de 2011
Mudam-se os ventos
Mudam-se os ventos
Mudam-se os tempos
Andámos a vagar
Pelas correntes do ar
Sempre a navegar
Nos mares desconhecidos
e nas água familiares.
Segue a pulsão do
bater das ondas.
Segue a melodia do
murmúrio do mar
Vai na maré que
te traz ao sopé,
daquela montanha
d'a vista maior
Maior que o canto
e o recanto que nos
abriga da mais
alta tempestade.
E a voz que temos
dentro e nos ergue
à mais alta cintilante
das estrelas lá no
alto brilham tanto.
Segue o seu rastro,
procurando num rosto
o brilho da paz que
trazemos dentro.
Surrender
To the ultimate self on each soul
Just their music and laughs just
That something that is released
Right when the fun begins
Another accomplice eyes and words
Understood by true meaning
Engaging in stories or just a joke
About the weather and what so ever
Surrender
To the ultimate that sets you free
Let go the weight you carry on
On your mind, on your shoulders
Tell a story, tell me your story
Let's smile and maybe cry together
Let's take it to the ultimate journey
Share like bros and sis till it fades out
Enjoy the thrill that takes you
On an easy ride and take it slow
'Cause the best is just laying
Over the shinning surface and feel it
Deep inside nothing matters
Just what you give away and get in return
Tell me your story, imagine
It's just us here and the breeze
Surrender to serendipity and let it flow
Take it on a smooth track and play it
Over and over and remember
Again... Once more, surrender
To the ultimate inner and let it flow
Feel the wind, smell the seasons sounds
and taste true living on the natural
Roots of the muster of sharing good
vibs, good feelings...
Surrender...
quinta-feira, 26 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Once
Once I was told I was too much of a dreamer...
Now it seems like so much of a way of living...
In such...
Such a world like this we are living in, times like this
Times of contradictions and history repeating of wasting
and lagging with no values or truth beyond the words
Meaningless times where nothing makes sense and
all is in reaction of cause and effect and it seems
tragedy is here to rule and nothing will remain...
Except for stars above on the sky and the dreams inside our hearts...
Once
Someone had a dream and just believe in a better world...
Once an inspiration and after a step forward...
A dream that all could do a baby step, and little by little
each is part of a big move...
Once a baby then a grown...
Once a dream into to reality.
Spring time
Spring rises with the first rays of sun breaking through the mist of lost cold winter days
Just some contagious joy you can't resist... come on and go to the park and seize the day!
You could almost forget about all the worries... Everywhere around feels like a dream...
Humm just enjoy it... Spring is eternally the time of the year you feel renewed just by breathing just by feeling the energy in the air, all blowing and shinning... People are beautiful, it's a beautiful world!
And here we go again! Feels like the year has just started, at least I needed a warm gas to restart all again... stand up and go again! Uow! Embrace the vibe and go for the track, that track that you love so much... Here we go, come on... Enjoy it and keep on fighting!
There's always tomorrow
Remember all the chances you didn't have
Still lay ahead the chance of changing that
Opportunity that lays within your dream and
your will to the strength of pulling just a little
bit further ahead and win more chances than
yesterday... Yes maybe tomorrow...soon...
As long as there´s friends on the way the fam´s
you really, just know that there are out there and keep
on struggling never stopping for disbelief... Stop
if any drop out eventually takes place... ´Cause the truth is
there´s no guarantee to what may happen...
Just lot's of dreams, hopes and aspirations and some experience
you carry on like milestones to chase and fight through days...
There's always tomorrow...
Meandering
Lonely stranger
Going down the streets
Meandering with all and nothing
Walking as no tomorrow
No ending to what story
Just another day hanging in there!
Just another day between no where!
Chats along with everyone or some invisible friend
You know, whose friends?
I see faces but just random people
Might say hello or maybe not...
With luck, maybe a joke might come out
or a funny expression, or even a smile or a deadly look...
Luck, ain't none if you are dying for a sip,
a never ending thirsty for tripping over and over
on the edge of loosing nothing except...
For the tip of the last cigarette... Or maybe...
The cigarette buts lost on the sidewalk,
especially for someone to grab it...
So it is life on the streets of some cities...
You'll always find some lost souls searching for
nothing, just another day to hang in there or to grab
something in the way of living and walking another day
through painless and cracking on the reality around us...
And just crashing to sleep deep like dead... Maybe...
Tomorrow there's another day...maybe...
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Vida com paixão
Vida com Paixão from Henry Kitchen on Vimeo.
A esperança...
A esperança de renascer sempre e viver eternamente com amor...
Lutar pelo amor sem nada esperar... Segue e continua...
Sempre a sorrir com o nascer do sol e abraça a vida com paixão... Com paixão...
E o resto é conversa... ao som da guitarra portuguesa.
Life with passion
The hope...
The hope of rebirth and life eternally with love...
To fight for love without expectations... Go and persevere...
Always smiling with the sunrise and hug life with passion... With passion...
What's left is just talking while listening to the sound of portuguese guitar.
Short film and poem inspired by the feminine energy that emerges in the circle of struggles and joys in life. Dedicated to all the women in our lives who evoke strength and passion for life.
Concept, choreography and performance by Sara Bernardo.
Cinematography by Henry Kitchen and Patricia Chang.
Music composed and produced by Sara Bernardo and Henry Kitchen, featuring guitar sample from Verdes Anos by Carlos Paredes.
Concept, choreography and performance by Sara Bernardo.
Edited by Sara Bernardo and Henry Kitchen.
Filmed and edited April 2011.
sábado, 26 de março de 2011
Hugs in LA
Eyes, laughs and hugs
all together in a group
so diverse and unique
Every has a story, a past,
a family and a home.
Home can be at a place,
a little corner where you can
simply at last from all the burden,
all doubts and challenges, a place to given in,
And finally sleep in peace.
Doors were opened for me
and all that come along on the road of life!
Everything you carry on, all dreams hopes and aspirations...
Come in and take a hug, a huge one
that simply embraces us all together.
People with an unique story, a past, a family and a home.
LAPD is surprisingly a place you feel at home amongst all
You are just ready to give it all on a stage for each voice
to open its heart in minutes of fame...
'cause all feels at home and a hell of a new place to start!
Unforgettable hug to star with!
And...
God bless you!
http://lapovertydept.org/
Photography by Henry Kitchen
http://henrykitchen.tumblr.com/
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